Descomplicando a Medicina Nuclear. Radioatividade e Atomística Envolvida

 

 

 

 

 

Todas as substâncias presentes na natureza caracterizam combinações de um número relativamente pequeno de matéria química básica, chamada de elemento. Esses elementos, por sua vez, são compostos de átomos.

Os átomos são a menor parte dos elementos e, durante um grande período de tempo, foram considerados indivisíveis. Porém, hoje sabe-se que os átomos possuem uma estrutura e que variações nesta estrutura geram a radioatividade (IPEN, 2002).

O átomo possui todas as propriedades físico-químicas necessárias para se identificar como um elemento particular. São feitos de minúsculas partículas, prótons, nêutrons e elétrons. Os nêutrons e os prótons tratam-se de partículas pesadas e constituem o núcleo atômico.

O que difere, basicamente, um próton de um nêutron é a carga elétrica. Os prótons possuem carga elétrica positiva, ao passo que os nêutrons não possuem qualquer carga. Os elétrons, posicionados nos arredores do núcleo, são bem menores e possuem carga negativa (Bohr, et al. 1958).

medicina nuclear esquema átomo

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Existem ainda outras subporções, como os quarks (formando os prótons e os nêutrons através de “ups” e “downs”, sendo ligados por glúons) e outros léptons (múons, taus e neutrinos associados).

São quantizações de algum campo da matéria, mas que não são de necessário estudo para as aplicações deste trabalho, a exemplo de outras porções quânticas ainda em estudo (Nakamura, et al. 2008).

A radioatividade é um fenômeno apresentado por alguns átomos com características bastante peculiares. Após ser descoberto por Becquerel em 1896 (como visto em nosso último encontro), o fenômeno passou a ser definido pela nomenclatura atual quando o casal Curie pesquisou suas propriedades, em 1898.

A “atividade do rádio”, que pela tradução transformou-se em “radioatividade”, descrevia justamente a atividade que o elemento químico Rádio possuía. Posteriormente foram descobertos outros átomos que tinham as mesmas atividades que o Rádio, popularizando então o termo radioatividade para todos estes elementos.

A radioatividade está relacionada a uma instabilidade nuclear, ou seja, há átomos que possuem excesso de energia em seu núcleo. Esses átomos, chamados radioativos, emitem radiações para poder se estabilizar. É comum também chamar tais átomos de radionuclídeos.

Os átomos que são estáveis são chamados apenas de nuclídeos (Castro Jr., 2004).

medicina nuclear ilustração radioatividade

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Segundo SCAFF, Em resumo e por definição, a radioatividade consiste na transformação espontânea do núcleo atômico de um nuclídeo para outro. Cada núcleo, em processo de transformação, emite um ou mais tipos de radiações. O resultante da transformação, também conhecido como “núcleo-filho”, pode também ser ou não radioativo. Chamamos a mudança de um núcleo (pai) para outro (filho) de “desintegração”, “transmutação” ou, mais apropriadamente, “decaimento”.

Como visto, tais átomos realizam emissão de radiação para buscarem o equilíbrio. Essa emissão pode ser de partículas alfa, beta ou radiação gama, porém… é um assunto para o próximo encontro.

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