Tudo bem pessoal? Neste artigo vou apresentar algumas dicas importantes para um bom posicionamento radiológico da coluna cervical.
Posicionamento Radiológico da Coluna cervical
Nos humanos a coluna vertebral, ou espinha dorsal, é formada quase sempre por 33 vértebras, eventualmente 32 ou 34 vértebras, que são ligadas por articulações entre si e possuem dois tipos: uma maior com interposição dos discos intervertebrais na região anterior entre cada vértebra e duas menores atrás, por um duplo par de facetas interarticulares posteriormente, sendo duas facetas voltadas para cima e duas para baixo, formando de cada lado, posteriormente, na vértebra, duas articulações facetarias.
Os discos intervertebrais são constituídos de material fibroso e gelatinoso que desempenham a função de amortecedores e dão mobilidade para os movimentos.
Dentro das vértebras é onde passa a medula espinhal. Nos espaços intervertebrais, o canal é protegido posteriormente pelo ligamento amarelo e frontalmente pelo ligamento longitudinal posterior.
A região cervical é constituída por sete vértebras localizadas no pescoço. Quando a cervical é observada de frente em um eixo oblíquo a 45 graus em relação ao plano médio coronal e 15 graus para baixo, vê-se pequenas aberturas, estas são os forames intervertebrais ou neurais.
Eles são importantes para permitir que os nervos (sistema nervoso periférico) se comuniquem com a medula espinhal (que faz parte do sistema nervoso central).
O tamanho e a posição dos forames variam conforme anatomia de cada indivíduo e a patologia, se houver. Os forames podem ser fechados por mudanças degenerativas devido à artrite e podem também ter lesões que ocupem seu espaço como tumores, metástases e hérnia de disco vertebral.

Técnicas
Preparo do Paciente
Os pacientes submetidos aos exames radiológicos da coluna vertebral devem retirar todos acessórios da região.
- Utilizar EPI,s quando possível.
- Em mulheres investigar se existe possibilidade de gestação.
- Sempre que possível restringir os feixes de raios X com utilização de cilindros e cones.
Obs. Nas incidências em anteroposterior (AP) utilizar no mínimo 1 metro (100 cm) na distância foco receptor de imagem (DFoRI) e nas incidências oblíquas e perfil realizar com distâncias de no mínimo 150 cm.
Incidência Oblíqua Anterior Esquerda

Incidência Oblíqua Anterior Direita

Em posição ortostática ou sentado;
Obliquar todo o corpo em 45 graus em relação ao plano medio coronal, utilizar o Bucky mural como referencia.
Se posicionar o paciente anterior direcionar o raio central (RC) de 15°, dependendo da lordose em sentido cranial ou ascendente orientado a cervical (C4)ao nível da margem superior dacartilagem tireóide.
Dica
Ao obliquar o corpo do paciente em 45 graus pode dar uma leve girada no cranio colocando-o paralelo ao Bucky mural, com este movimento o musculo esternocleidomastoideo ficará proeminente, utilize-o como referencia e coloque o RC direcionado para o centro do músculo.
Estender o queixo para evitar que a mandíbula fique superposta sobre as vértebras;
Tamanho do RI, 13/18 ou 18/24 cm em sentido longitudinal;
Fatores de exposição: entre 30 e 40 mAs e de 58 a 70 kV.
Importante
Quando realizar as incidências com o paciente anterior, afastamos o lado de interesse.
Ao girar para esquerda abrimos os forames intervertebrais da direita e ao girar para direita abrimos os da esquerda.
Quando realizar as incidências com o paciente posterior aproximamos os forames de interesse. Ao girar para direita abrimos os forames da direita e para esquerda abrimos os forames da esquerda.