Meia Vida de Elementos Radioativos. Entenda Mais Sobre Meia Vida

Olá pessoal, hoje vamos conhecer um dos principais assuntos da Física Radiológica, a Meia Vida. Também chamada de Período de Semidesintegração, a meia vida está muito presente na Medicina Nuclear e na Radioterapia.

O Que é Meia Vida?

A meia vida é o intervalo de tempo em que a massa de um elemento radioativo decai pela metade. Este intervalo de tempo também pode ser chamado de período de semidesintegração. Com o passar do tempo, esses elementos vão desintegrando, ao se desintegrar, os elementos vão perdendo a atividade, diminuindo também a radioatividade.

A principal característica da meia vida dos elementos radioativos é que ocorrem semidesintegrações sucessivamente. A cada desintegração que o elemento sofre, a massa é reduzida pela metade, deixando ainda a outra metade para se desintegrar, esse processo vai se repetindo até a massa ser reduzida até quase zero.

Entender meia vida é fundamental para o profissional. Por exemplo, na Medicina Nuclear é muito utilizado o radiosótopo Fluor 18, em exames de PET-CT.

O fluor 18 tem meia vida curta, cerca de 110 minutos, isso significa que a cada 110 minutos o fluor 18 decai pela metade. Depois de quatro horas, o fluor 18 se aproxima de um nível nulo de atividade.

Como o fluor 18 é injetado no organismo com um fármaco, é interessante conhecer o conceito de meia vida, pois é através desse processo que sabe quando o elemento será eliminado do organismo, pelo processo de meia vida biológica, que vamos conhecer ainda neste artigo.

Na Radioterapia, para o procedimento de Braquiterapia, onde são implantados elementos radioativos próximos as células tumorais, também são utilizados elementos com meia vida curta, como o Ouro 198 e Paládio 103.

Como a Meia Vida Funciona?

Para explicar como acontece a meia vida precisamos de um elemento radioativo como exemplo. Vamos utilizar o bismuto 210. Na imagem abaixo, podemos ver um gráfico de meia vida com atividade e tempo de decaimento do bismuto. Mas Antes de explicar, vamos entender melhor o gráfico. O ponto 0 (zero) representa o radiosótopo com sua atividade inicial no tempo zero.

Meia Vida – Gráfico

No primeiro gráfico, você entender o decaimento de um elemento com meia vida de 30 anos. Observe na linha do tempo, após 30 anos, o elemento com atividade A diminui para atividade A2. Continuando na linha do tempo, passados mais 30 anos, a atividade A2 diminuiu para A4 e assim consecutivamente.

Gráfico

No segundo gráfico temos o nosso exemplo, bismuto 210. O bismuto 210 tem um tempo de meia vida de 5 dias. Você pode observar que no ponto zero, o bismuto 210 está com 100% da sua massa e atividade.

Passados 5 dias, o bismuto 210 decai para 50% da sua massa inicial. Depois de mais 5 dias, o bismuto 210 decai metade de novo, chegando à 25% da sua massa inicial. Após passados 20 dias, o bismuto 210 está com 6,25% da massa inicial e pode continuar decaindo até quase chegar a zero.

Este processo é denominado meia vida física. Existem outros dois conceitos em meia vida:

Meia Vida Biológica

A meia vida biológica é o tempo necessário para que metade da concentração de um elemento presente no organismo seja eliminado, por processos químicos ou físicos. Por exemplo, para exames de cintilografia, é muito utilizado o Tecnécio 99m. O tempo em que organismo elimina metade do tecnécio 99m é a meia vida biológica.

Meia Vida Efetiva

A meia vida efetiva depende da meia vida física e da meia vida biológica. A meia vida efetiva é o tempo em que a ativade de um elemento em determinado órgão seja reduzida pela metade. Cuidado para não confundir com meia vida biológica. Por exemplo, no exame de cintilografia renal é utilizado o tecnécio 99m.

O tempo para que a atividade do tecnécio 99m reduza pela metade nos rins, é chamado de meia vida efetiva. Agora, o tempo para que metade do tecnécio seja eliminado do organismo é a meia vida biológica.

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Até a próxima!