Sonhei! Sonhei Sim a Minha Vida Toda.

 

 

 

 

 

Quando se diz que uma pessoa é um grande sonhador, dependendo de quem seja esta pessoa, ou seja, se esta for alguém com certo destaque ou projeção, ou mesmo que tenha nascido em “berço de ouro”, logo é reconhecida como um idealista, um visionário, um virtuoso. Por outro lado, se a figura em questão for um ilustre desconhecido, um… “desprovido de virtudes natas” – pobre -, é logo sentenciado como sendo um lunático, um ingênuo, um fantasioso – alguém que não tem nada melhor pra fazer na vida; alguém que tá mesmo é precisando de uma boa e velha “trouxa de roupas pra lavar” ou um “terrenin prá capiná”.

É óbvio que no meu caso, a segunda definição era a mais preferida por todos.

Ontem fiz uma caminhada enorme – gosto muito de caminhar -, e enquanto caminhava fiz esta reflexão. Como fui podado em meus sonhos! Como fui frustrado em meus sonhos! Como fui “zoado” pelos meus sonhos! Como fui criticado pelos meus sonhos!

Por outro lado, ao longo da minha vida, como tive “vampiros” ao redor de mim, ávidos por sugarem os meus sonhos, e assumi-los prá si, como se deles fossem os seus reais possuidores! Calei-me.

Sonhei sim!

Sonhei sim!

Já há mais que sete anos tenho o prazer de palestrar para estudantes. Especialmente, para estudantes. Orgulhosamente, para estudantes. Técnicos, Tecnólogos, Universitários, já falei a muitos – perdi a conta de quantos, só sei que foram muitos.

Particularmente trato-os com muito respeito e até mesmo com certa reverência. Não importa qual seja a sua idade, todos possuem a mesma essência, o mesmo coração, a mesma esperança, o mesmo encanto, e muitos, muitos sonhos.

Como eu os respeito! Estive em sua pele e sei bem o que é iniciar um novo projeto de vida, desejar dias melhores, investir numa direção, numa proposta, na realização de um sonho, e ver pessoas, às quais deveriam ser as maiores incentivadoras, puxando a gente prá baixo.

Não sou contra o argumento de que é preciso ser realista; que não devemos cultivar falsas ilusões, e que, sobretudo, a razão deve falar mais alto. Entretanto, razão demais causa letargia, medo, mesmice, e em alguns casos crônicos, mediocridade. Por outro lado, as mentes mais geniais de toda a história da humanidade, sem exceção, foram grandes sonhadores, muitos dos tais, considerados lunáticos.

Sonho, seguido de atitude, produz realização. Toda realização, resultado de um sonho, produz história. História com “agá” maiúsculo. História que nos enche de orgulho e que contagia a muitos.

Na poesia de Milton Nascimento, uma canção que fez história:“Já podaram seus momentos, desviaram seu destino. Seu sorriso de menino quantas vezes se escondeu. Mas renova-se a esperança. Nova aurora, cada dia. E há que se cuidar do broto, pra que a vida nos dê flor, flor e fruto. Coração de estudante, há que se cuidar da vida, há que se cuidar do mundo. Tomar conta da amizade, alegria e muito sonho,espalhados no caminho. Verdes, planta e sentimento, folhas, coração, juventude e fé.”

Meu VIVA aos estudantes, aos sonhadores!

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