Sala de Comando Remota, Evolução ou Risco na Radiologia?

 

 

 

 

 

Durante a Jornada Paulista de Radiologia de 2016 foi apresentado como um avanço na área da Radiologia, a Sala de Comando Remota, com esta tecnologia é possível que um profissional realize até três exames de diagnóstico ao mesmo tempo, em lugares diferentes. Através do uso de computadores, internet e softawares apropriados, é possível controlar e realizar exames completos sem a necessidade de um profissional em cada sala de exame.

Esta tecnologia tem como principal benefício o aumento da produtividade dos exames, porém, criou um desconforto muito grande na categoria. Muitos profissionais utilizaram as redes sociais para manifestar a revolta contra esta tecnologia. Com a utilização da Sala de Comando Remota, apenas um profissional estará realizando a tarefa de três. Da mesma maneira em que este profissional não estará realizando um atendimento humanizado.

O Conselho Nacional de Profissionais de Radiologia – CONTER publicou em seu site uma matéria mostrando a sua opinião sobre o caso.

“A reação da categoria mostra o que representa esse tipo de tecnologia. Ontem, a ameaça era o profissional incompetente que exercia a profissão ilegalmente com o acobertamento de um empresariado ganancioso. Hoje, o concorrente desleal é a máquina financiada pelo capital especulativo, que não enxerga o aspecto humano dos processos de trabalho na área da saúde. Fica o nosso repúdio à tentativa de robotizar as técnicas radiológicas, somos contra. O CONTER está disposto a defender o interesse público da sociedade brasileira. Vamos tomar todas as medidas necessárias contra essa iniciativa.”

Muitas empresas defendem a utilização desta tecnologia, afirmando que é um erro ir contra a evolução do mercado. Ainda na mesma matéria, o CONTER faz algumas perguntas para serem respondidas publicamente por estas empresas:

> Quem vai fazer triagem e a anamnese do paciente?

> Quem vai preparar o paciente e dar as orientações para a realização do exame com segurança?

> Quem vai fazer as contraindicações para os pacientes especiais, que usam marca-passo ou possuem objetos metálicos no corpo?

> Quem vai administrar os contrastes?

> Quem vai operar o equipamento e definir as regulagens, a energia empregada e a precisão da técnica?

> Se o paciente tiver efeitos colaterais, quem vai resolver?

> Quem responde legal e profissionalmente se alguma coisa der errado?

Veja aqui a matéria na íntegra.

Até onde a tecnologia poderá ir? Sem dúvida é uma evolução na área, porém, desta maneira seria interessante criar limites para evolução? O que você acha sobre isso?

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