Algumas doenças cardíacas também podem ser evidenciadas na radiografia de tórax, como insuficiência, pericardite, cardiomegalia e anormalidades anatômicas do coração.
As radiografias são utilizadas mundialmente na medicina, em decorrência dos bons resultados, do baixo custo, por ser um procedimento não invasivo e utiliza pequenas níveis de dose de radiação.
Doses de Radiação na Radiografia de Tórax
Com o passar dos anos, as doses de radiação em pacientes, durante o procedimento do exame foram diminuindo.
A Comissão das Comunidades Europeias (CCE) contribuiu para esta evolução ao estabelecer requisitos legais para proteção às radiações ionizantes de pacientes submetidos a exames radiológicos e tratamentos médicos.
Na sequência do desenvolvimento destes critérios de qualidade, surgiu a necessidade de desenvolver critérios específicos para pacientes infantis. Melhorando ainda mais a Proteção Radiológica para o exame.
Em radiografia, como em qualquer outra modalidade de diagnóstico que use radiações ionizantes, a prioridade da realização do exame é quantidade de dose utilizada versus a qualidade de imagem. Um desafio nos pacientes, pois estes possuem muitas variáveis na hora de realização do exame radiológico que incluem a diferenciação anatômica, as discrepâncias utilizadas nas técnicas empregadas para a obtenção das imagens radiográfica e as diferentes doses as quais os pacientes são expostos.
O Colégio Americano de Radiologia (ACR) com a mesma preocupação que a CCE, formulou sua diretriz para melhorar os serviços de radiodiagnóstico do paciente, estudar os aspectos socioeconômicos da prática da radiologia, e incentivar a educação para os profissionais da saúde que trabalham com radiações ionizantes.
Afirma que uma pessoa média nos EUA recebe uma dose efetiva de radiação de cerca de 3mSv por ano à partir de materiais radioativos naturais (radônio, solos, alimentos) e da radiação cósmica do espaço sideral.
É de extrema importância que haja nos setores de radiodiagnósticos profissionais habilidosos e com experiência no atendimento a pacientes, e que sejam conhecedores dos fatores de exposição específicos como, a realização de exames com técnica de baixa miliamperagem e alta kilovoltagem.
A Secretária de Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde publicou a PORTARIA 453/98, que estabelece as “Diretrizes de proteção radiológica em radiodiagnóstico médico e odontológico”, no Brasil.
Dentro dessas diretrizes, encontram-se os níveis de referência de radiodiagnóstico por radiografia para paciente adulto típico com altura de1,75 m e peso de 75 kg. Porém, não são mencionados níveis de referência e limites de doses para pacientes pediátricos, uma falha nacional na Diretriz que implica nas discrepâncias das doses utilizadas.
Posicionamentos Radiológicos de Tórax
radiografia do torax
A realização da radiografia de tórax em pacientes adultos consiste em incidências pósteroanteriores (PA), lateral (LAT), ápico lordótica, decúbito lateral esquerdo ou direito, oblíquas com uma distância foco-receptor no mínimo a 180 cm. As radiografias do tórax devem ser feitas em posição ortostática se a condição do paciente permitir.
Geralmente a kilovoltagem deve ser suficientemente alta para resultar em contraste para demonstrar os vários tons de cinza necessários à visualização das impressões pulmonares mais finas. A radiografia do tórax utiliza baixo contraste, descrito como um contraste de longa escala com mais tons de cinza.
Quanto ao tempo de exposição e miliamperagem (mAs), a radiografia de tórax requer o uso de elevada mA e pequenos tempos de exposição para minimizar a chance de movimento e conseqüentemente perda de detalhe (nitidez).
No próximo artigo, vamos saber mais sobre as incidências PA e Perfil de Tórax.
Até a próxima!